segunda-feira, 20 de abril de 2015

7 efeitos curiosos do café no organismo

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7 efeitos curiosos do café no organismo

 16 de fevereiro de 2011
Há quem sofra com todo o tipo de efeito desagradável se passar o dia sem um (ou vários) cafezinhos. Em algum momento da nossa evolução, o café virou, mais do que um prazer gastronômico, um amigo fiel e um quase-remédio. Está com sono? Tome café. Estressado? Café. De ressaca? Café. Alguns dos efeitos dele sobre o nosso organismo são devidamente comprovados – ele realmente vicia, por exemplo. Mas outros (e aí entram tanto benefícios quanto perigos) a ciência traz e leva de volta como se estivesse de brincadeira com a gente. Certas pesquisas, por algum motivo, chegam até a desmentir uma a outra. Vai entender. Mas, isso não dá para negar, o café é mesmo um bichinho poderoso. Pega lá um para você e dá uma olhada nessa lista, com algumas verdades quanto a do que ele é realmente capaz.
1. Café não deixa você mais alerta.
É tudo uma ilusão. Cientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, dizem que, se a gente faz do cafezinho um hábito, logo desenvolvemos tolerância ao efeito estimulante da cafeína. “Mas eu tomo café e me sinto diferente. E aí?”. Bem, segundo o estudo dos caras, o fluxo de energia que você sente é apenas reflexo dos sintomas da abstinência de cafeína (que causa, veja só, fadiga) indo embora. Ou seja: você está mal.
2. Café favorece a performance feminina. Mas prejudica a masculina.
Outro estudo da Universidade de Bristol analisou a performance de homens e mulheres em atividades como testes de memória após dar a eles café normal ou descafeinado. E constatou que, munidas de cafeína na corrente sanguínea, as mulheres lidam melhor com situações estressantes e trabalham melhor em grupo. Mas os homens não. Neles, o café diminui a velocidade de raciocínio e aumenta a agressividade.
3. Café faz os seios diminuirem de tamanho.
A cafeína mexe com os níveis de estrogênio da mulher, o que pode fazer com que os seios encolham “significativamente”. Três xícaras de café por dia já são o suficiente para o efeito ser notado. A conclusão é de um estudo da Universidade de Lund, na Suécia. E essa nem é a parte mais estranha da história. Nos homens, o efeito é oposto: agindo com a testosterona, o consumo frequente de cafeína pode aumentar a região mamária masculina – e deixar os moços com “peitinhos”.
4. Café faz você ter alucinações.
Sim, ele dá barato. Mas, provavelmente (a gente nunca testou) é um barato não muito legal. Participantes de uma pesquisa da Universidade de Durham, no Reino Unido, começaram a ouvir vozes depois de tomar sete copinhos de café em um só dia. Os cientistas supõem que as alucinações sejam causadas pelo aumento nos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que o excesso de cafeína provoca.
5. Café previne o mau hálito.
Sabe aquele bafo de café que você sente quando o seu colega de trabalho chega para falar mais de pertinho? Não é bacana. Mas, a longo prazo, pode valer a pena. Uma pesquisa israelense, da Universidade de Tel Aviv, descobriu que certos elementos na composição do café bloqueiam o desenvolvimento das bactérias responsáveis pelo mau hálito. Agora eles estão querendo isolar esses componentes e produzir chicletes, pirulitos e outras coisas para prevenir a halitose.
6. Café faz bem para o coração (mas só para o de quem está acostumado a beber café).
Se você toma café demais, seu coração dispara. Já percebeu? Mas isso não quer dizer que a cafeína seja, necessariamente, ruim para ele. Aliás, se você não está acostumado a beber café, quer sim. Estudos das universidades de Washington e Harvard, nos EUA, dizem que quem bebe apenas uma xícara por dia ou menos do que isso tem quatro vezes mais chances de ter um enfarto – em geral, na primeira hora após o consumo da bebida. Condiz com o resultado de uma outra pesquisa norte-americana, apresentado na 50ª Conferência Anual da Associação Americana do Coração, em 2010, que aponta um risco 18% menor de problemas cardíacos em quem toma quatro ou mais xícaras de café por dia.
7. Café facilita a sua vida na academia.
Tomar um copinho antes de se jogar na malhação, além de dar uma energia extra, diminui a dor causada pelos exercícios e facilita a sua busca pelo corpão perfeito. É o que diz um estudo da Universidade de Illinois, nos EUA. E, dessa vez, não importa se você tem o hábito de beber café ou não. Segundo os pesquisadores, a cafeína age diretamente sobre partes do cérebro e da medula espinhal envolvidas no processamento da dor, seja você um coffee junkie ou não. Olha aí: dá quase para dizer que café emagrece.

5 teorias sobre o fim do Universo

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5 teorias sobre o fim do Universo

 17 de julho de 2014
Por Luíza Antunes
Nós mal sabemos quem somos e por que existimos. E ainda por cima temos que nos preocupar com a forma com que tudo vai terminar. Mas se tem uma coisa que os cientistas e os religiosos compartilham é uma visão apocalíptica do fim do nosso Universo. Calma, não estamos dizendo que todos os físicos acreditam que vamos arder no mármore do inferno no fim dos tempos. Na verdade, eles têm umas ideias que envolvem escuridão total, nos rasgar em pedaços e até mesmo congelar o tempo. Se quiser entender melhor o nosso possível fim, conheça 5 teorias científicas sobre o fim do Universo:

fim-do-universo
1. Big Rip
Sabemos que o Universo está em expansão, mas temos muitas dúvidas sobre como e por que exatamente isso acontece. Uma das teorias é a existência de uma energia escura, que ao contrário da gravidade, empurra as coisas para longe uma das outras. Para os cientistas, mais ou menos três quartos de tudo o que tem no Universo é constituído de energia escura. A teoria do Big Rip prevê que a taxa de expansão do Universo aumente com o tempo. Eventualmente, as galáxias vão se separar, os planetas vão ficar cada vez mais longe até que os átomos também se distanciem uns dos outros. Ou seja, no final, seremos rasgados em pedaços.

2. Big Crunch
Se o Universo começou com o Big Bang, ou seja, uma grande explosão que iniciou sua expansão, há uma teoria que acredita que ele irá terminar da mesma maneira. Só que tudo ao contrário. O nome dessa teoria é Grande Colapso, ou Big Crunch. Em resumo, a atração gravitacional causaria uma contração do Universo, até o seu eventual colapso. Para isso ocorrer, a energia do Universo – e suas 10 trilhões de bilhões de estrelas – se concentraria num único ponto minúsculo, denso e quente, como nos primórdios. Começaria, então, um novo ciclo de expansão e contração. Segundo essa teoria, a energia escura teria o papel de espalhar energia e matéria produzidas no Big Bang, preparando o Universo para começar tudo de nvo. Essa teoria de um Universo cíclico também pode ser chamada de Big Bounce.

3. Buracos Negros
buraco-negro
Buracos negros são regiões no espaço com massa muito densa, o que faz com que nada escape do seu campo gravitacional, nem mesmo a luz. Eles são formados com a energia da explosão de estrelas e podem ser pequenos (cerca de 100 massas solares) ou gigantescos (com dezenas de bilhões massas solares). O fato de existirem buracos negros imensos ainda intriga os cientistas. Em meio a isso tudo, há uma teoria que acredita que vamos terminar com o Universo completamente engolido por buracos negros. Partindo do pressuposto de que existem galáxias inteiras com buracos negros massivos em seus centros, alguns pesquisadores creem que a maior parte da matéria no Universo orbita os buracos. De acordo com a teoria, vai chegar um ponto em que eles devorarão toda essa matéria e, em seguida, engolirão uns aos outros, gerando um universo completamente escuro. No estágio final, o último massivo buraco negro perderia sua massa e evaporaria no nada.

4. Morte térmica do Universo
A teoria da morte térmica do Universo não quer dizer que vamos morrer congelados com o frio extremo ou fritos com o calor absoluto. Na verdade, de acordo com essa ideia, não haveria mudanças drásticas de temperatura no fim do Universo. Vamos começar do começo. A segunda lei da termodinâmica afirma: “A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo”. Se considerarmos o Universo um sistema isolado, dá para concluir que vai chegar um tempo em que alcançaremos a entropia máxima e toda a energia será distribuída de forma totalmente igual. Segundo a teoria, quando isso acontecer, será o fim de todos os fenômenos físicos. Não haverá mais movimento. E nem vida.

5. Cruzando a barreira do tempo
Hyperspace
Essa teoria é tão maluca que pode ser um pouco difícil explicar. A questão é o seguinte: nossas leis da física só funcionam para explicar um universo finito. O problema é que os pesquisadores acreditam que, na verdade, vivemos num multiverso infinito – onde vários universos com leis diferentes existem paralelamente. Além disso, estamos em expansão. E agora você se pergunta: o que isso tem a ver com as leis da física e, mais importante, com o tempo?
Funciona mais ou menos assim: quando você tenta calcular probabilidade num universo infinito, percebe que tudo tem 100% de chance de acontecer. Isso é um paradoxo, que acabaria levando a uma série de confusões nos cálculos dos cientistas para prever o futuro do nosso Universo e explicar os eventos que acontecem. Para resolver esse problema, os físicos definem uma porção finita no espaço-tempo para fazer suas contas de probabilidade. Um desses físicos, Raphael Bousso, da Univeridade de Berkeley, na Califórnia, explica que essa porção de espaço-tempo definida pelos cientistas se comporta como uma estrutura real no multiverso. Então, para que as leis da física e da probabilidade façam algum sentido, esse “multiverso” estatístico precisa ter fronteiras reais, não pode se expandir.
Agora vem a parte mais complexa: eventualmente, pelos cálculos de Bousso, existe 50% de chances de que a barreira do tempo (da porção estatística de espaço-tempo) vai ser cruzada daqui a 3,7 bilhões de anos. E daí? Daí que, com isso, o Universo – esse em que a gente vive – acaba sem que as pessoas que viverem nessa época sejam capazes de perceber, como se tivessem eternamente congeladas no tempo.
A gente avisou que era uma ideia meio maluca.

Via Listverse

sábado, 11 de abril de 2015

Novas espécies de 'dragões anões' descobertas nos Andes

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/04/novas-especies-de-dragoes-anoes-descobertas-nos-andes.html

France Presse
07/04/2015 11h10 - Atualizado em 07/04/2015 11h10

Novas espécies de 'dragões anões' descobertas nos Andes

Três novos lagartos foram encontrados no Equador e no Peru.
Animais do gênero 'Enyalioides' são diurnos e vivem em selvas tropicais.

Da France Presse
Exemplar da espécie 'Enyalioides altotambo', novo lagarto encontrado por cientistas no Equador (Foto: Divulgação/Instituto Smithsonian)Exemplar da espécie 'Enyalioides altotambo', novo lagarto encontrado por cientistas no
Equador (Foto: Divulgação/Instituto Smithsonian)



















Um grupo de cientistas descobriu três novas espécies de lagartos anões com a forma de dragão nos Andes equatorianos e peruanos, segundo pesquisa publicada pela revista científica "Zookeys".
As espécies descobertas por cientistas do Equador, Peru e Estados Unidos os distiguem de seus parentes mais próximo em termos de tamanho, cor e DNA.
Os três lagartos pertencem ao gênero Enyalioides, que são diurnos e vivem em selvas tropicais, como Chocó ou a parte ocidental da bacia amazônica, e nas florestas nubladas dos Andes.
Os cientistas classificaram a descoberta de surpreendente, já que esses lagartos estão "entre os de maior tamanho e mais coloridos" nas selvas da América do Sul.
As equipes de Omar Torres-Carvajal, do Museu de Zoologia QCAZ do Equador, Pablo J. Venegas, do CORBIDI do Peru, e Kevin de Queiroz, do Instituto Smithsoniano do Museu de História Natural dos Estados Unidos, recolheram vários tipos de lagartos durante uma viagem ao Equador e Peru.
Depois, eles fizeram uma comparação com espécimes encontrados em museus de história natural de todo o mundo. Um estudo de DNA confirmou que estavam diante de três exemplares desconhecidos de lagartos. Essa descoberta eleva para 15 as espécies do gênero Enyalioides.
Um espécime adulto do lagarto 'Enyalioides sophiarothschildae', que foi encontrado no Peru (Foto: Divulgação/Instituto Smithsonian)Um espécime adulto do lagarto 'Enyalioides sophiarothschildae', que foi
encontrado no Peru (Foto: Divulgação/Instituto Smithsonian)
Exemplar adulto do lagarto 'Enyalioides anisolepis', também encontrado no Equador por cientistas (Foto: Divulgação/Instituto Smithsonian)Exemplar adulto do lagarto 'Enyalioides anisolepis', também encontrado no Equador
por cientistas (Foto: Divulgação/Instituto Smithsonian)

Menino de 5 anos descobre fóssil de dinossauro brincando com o pai

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/menino-de-5-anos-descobre-fossil-de-dinossauro-brincando-com-o-pai.html

BBC
09/04/2015 12h43 - Atualizado em 09/04/2015 12h43

Menino de 5 anos descobre fóssil de dinossauro brincando com o pai

Wylie Brys encontrou um osso quando mexia na terra perto de sua casa no Texas; pesquisadores descobriram restos de animal que viveu há 100 milhões de anos.

Da BBC
 Menino Wylie Brys encontrou osso de dinossauro enquanto brincava na terra perto de casa  (Foto: BBC)Menino Wylie Brys encontrou osso de dinossauro enquanto brincava na
terra perto de casa (Foto: BBC)


















Um menino de 5 anos descobriu um fóssil de dinossauro de 100 milhões de anos enquanto brincava com seu pai. VEJA O VÍDEO.
Ele descobriu o fóssil - que pesquisadores acreditam ser de um nodossauro - atrás de um shopping no Texas em setembro, mas foram necessários meses até que a escavação fosse autorizada.
Quando encontrou fóssil de dinossauro, garoto achou que fosse uma tartaruga (Foto: BBC)Quando encontrou fóssil de dinossauro, garoto achou que fosse uma
tartaruga (Foto: BBC)

domingo, 5 de abril de 2015

Maioria das pessoas ignora o gigantismo da desigualdade econômica

http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/desigualdade_economica_e_muito_pior_do_que_voce_imagina.html

Maioria das pessoas ignora o gigantismo da desigualdade econômica

Apatia em relação à desigualdade se deve a percepções errôneas e otimistas, concluem estudos



De acordo com a Pew Research, a maioria dos americanos acredita que o sistema econômico favorece
injustamente os ricos, mas 60% deles acredita que a maioria das pessoas pode ter sucesso se estiver
disposta a trabalhar muito. 
 


Por Nicholas Fitz

Em uma conversa franca com Frank Rich no último outono boreal, Chris Rock comentou “Ah, as pessoas nem sabem. Se os pobres soubessem o quanto os ricos são ricos, haveria revoltas nas ruas”. As descobertas de três estudos, publicados nos últimos anos emPerspectives on Psychological Science, sugerem que Rock tem razão. Nós não temos nem ideia sobre o quanto nossa sociedade se tornou injusta.

Em seu artigo de 2011, Michael Norton e Dan Ariely analisaram crenças sobre a desigualdade de renda. Eles pediram a mais de cinco mil americanos que imaginassem a porcentagem de riqueza (como economias, propriedades, ações, etc., subtraídas as dívidas) de cada quinto da população. Em seguida, eles pediram que as pessoas construíssem suas distribuições ideais. Imagine uma pizza representando toda a riqueza dos Estados Unidos. Que porcentagem dessa pizza pertence aos 20% mais ricos? Qual é o tamanho da fatia dos 40% mais pobres? Em um mundo ideal, quanto cada um deveria ter?

O americano médio acredita que o quinto mais rico detém 59% da riqueza e os 40% mais pobres, 9%. A realidade é radicalmente diferente. Os 20% mais ricos dos Estados Unidos detêm mais de 84% da riqueza, e os 40% mais pobres representam míseros 0,3%. A família Walton, por exemplo, é mais rica que 42% de todas as famílias americanascombinadas.

Nós não queremos viver assim. Em nossa distribuição, o quinto mais rico detém 32% e os dois quintos mais pobres, 25%. Como resumiu a jornalista Chrystia Freeland: “Na verdade, os americanos vivem na Rússia, ainda que acreditem viver na Suécia. E eles gostariam de viver em um kibbutz” [tipo de comunidade agrícola de Israel]. Norton e Ariely encontraram um nível surpreendente de consenso: todos – até mesmo republicanos e pessoas ricas – querem uma distribuição mais igualitária da riqueza.

Tudo isso pode parecer familiar. Um infográfico em vídeo do estudo se tornou viral e já foi assistido mais de 16 milhões de vezes.

Em um estudo publicado no ano passado, Norton e Sorapop Kiatpongsan usaram uma abordagem semelhante para avaliar percepções sobre desigualdade de renda. Eles pediram que 55 mil pessoas de 40 países estimassem quanto ganham CEOs corporativos e trabalhadores sem qualificação. Então eles perguntaram a essas pessoas quanto esses CEOs e trabalhadores deveriam ganhar. O americano médio estimou que a razão entre o salário do CEO e o do empregado era de 30 para 1 e que, idealmente, deveria ser de 7 para 1. A realidade? 354 para1. Há cinquenta anos, esse número era 20 para 1. Novamente, os padrões eram os mesmos para todos os subgrupos, independentemente de idade, educação, afiliação política ou opinião sobre desigualdade e pagamento. “Em resumo”, concluíram os pesquisadores, “os participantes subestimam as diferenças salariais reais, e suas idealizações estão ainda mais longe da realidade do que suas estimativas”.

Esses dois estudos implicam que nossa apatia em relação à desigualdade se deve a percepções errôneas e otimistas. Para ser justo, porém, nós de fato sabemos que alguma coisa está errada. Afinal, o presidente Obama classificou a desigualdade econômica como sendo “o desafio que vai definir nossa era”. Mas enquanto americanos reconhecem que a diferença entre ricos e pobres aumentou na última década, poucos veem isso como um problema sério. Apenas 5% dos americanos acredita que a desigualdade é um problema que precisa de atenção. Ainda que o Movimento Occupy possa ter um legado tangível, os americanos não estão protestando nas ruas.

Uma provável razão para isso foi identificada por um terceiro estudo, publicado no começo deste ano por Shai Davidai e Thomas Gilovich, que sugere que indiferença jaz em um otimismo cultural americano. No cerne do "sonho americano" jaz a crença de que qualquer um que trabalhe o suficiente pode ascender do ponto de vista econômico, independentemente de suas circunstâncias sociais. Davidai e Gilovich queriam saber se as pessoas tinham uma noção realista de mobilidade econômica.

Os pesquisadores descobriram que americanos superestimam a quantidade de mobilidade social vertical que existe na sociedade. Eles pediram a cerca de três mil pessoas que imaginassem a chance de alguém nascido em uma das famílias mais pobres se tornar um adulto pertencente aos quintos mais ricos. Como era de se esperar, as pessoas acreditam que a ascensão econômica é significativamente mais provável do que acontece na realidade. De maneira interessante, participantes mais pobres e politicamente conservadores acreditavam haver mais mobilidade que participantes mais ricos e liberais.

De acordo com a Pew Research, a maioria dos americanos acredita que o sistema econômico favorece os ricos de maneira injusta, mas 60% deles acredita que a maioria das pessoas é capaz de ascender economicamente se estiver disposta a trabalhar muito. O senador Marco Rubio declara que os Estados Unidos “nunca foram uma nação dividida entre quem tem e quem não tem. Nós somos uma nação de quem tem e quem logo terá, de pessoas que conseguiram e de pessoas que vão conseguir”. É claro que americanos adoram histórias de pobres que ficam ricos, mas talvez tolerem tanta desigualdade porque acreditam que essas histórias são mais comuns do que parecem.

Americanos podem querer não acreditar nisso, mas atualmente os Estados Unidos são o país mais desigual de todas as nações ocidentais. Para piorar as coisas, sua mobilidade social é consideravelmente menor que a do Canadá e da Europa.

Como os sociólogos Stephen McNamee e Robert Miller Jr. apontam em seu livro, The Meritocracy Myth (sem edição em português), a maioria dos americanos acredita que o sucesso se deve ao talento e esforço individuais. Ironicamente, quando o termo “meritocracia” foi usado pela primeira vez por Michael Young (em seu livro de 1958, também sem edição em português, The Rise of Meritocracy), ele servia para criticar uma sociedade governada pela elite talentosa. “Faz sentido apontar indivíduos para empregos com base em seu mérito”, escreveu Young em um ensaio de 2001 para o Guardian. “O oposto ocorre quando aqueles que são vistos como tendo mérito de um tipo específico se solidificam em uma nova classe social sem espaço para outros”. O criador da expressão deseja que paremos de usá-la, porque ela sustenta o mito de que aqueles que têm dinheiro e poder devem merecer (e a crença mais sinistra de que os menos afortunados não merecem coisa melhor).

Ao superenfatizar a mobilidade individual, nós ignoramos importantes determinantes sociais de sucesso, como herança familiar, conexões sociais e discriminação estrutural. Os três artigos publicados em Perspectives on Psychological Science não apenas indicam que a desigualdade econômica é muito pior do que acreditamos, mas também que a mobilidade social é menor do que imaginamos. Nosso tipo único de otimismo impede a realização de qualquer mudança real.

George Carlin dizia que “chamam isso de ‘Sonho Americano’ porque você precisa estar dormindo para acreditar nele”. Como podemos acordar?

 Publicado por Scientific American em 31 de março de 2015.

Overdose de chocolate



quinta-feira, 2 de abril de 2015

Cientistas criam perfume que permite a alguém cheirar melhor quando suar

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/cientistas-criam-perfume-que-permite-alguem-cheirar-melhor-quando-suar.html

02/04/2015 09h18 - Atualizado em 02/04/2015 09h18

Cientistas criam perfume que permite a alguém cheirar melhor quando suar

Descoberta pode ter um enorme potencial para a indústria de cosméticos.
Produto impede que o temido cê-cê incomode quem estiver por perto.

Do G1, em São Paulo
Novo perfume desenvolvido por cientistas acentua a fragrância quando a pessoa começar a suar e impede o surgimento do temido "cê-cê" (Foto: Frédéric Cirou/AltoPress/PhotoAlto/AFP)Novo perfume desenvolvido por cientistas acentua a fragrância quando a
pessoa começar a suar e impede o surgimento do temido cê-cê
(Foto: Frédéric Cirou/AltoPress/PhotoAlto/AFP)



















Cientistas da Universidade Queen, de Belfast, na Irlanda do Norte, divulgaram nesta quinta-feira (2) que criaram um perfume que permite a alguém cheirar melhor quando estiver suando.
O produto, associado a sais e resultante de um líquido iônico perfumado, acentua a fragrância quando entra em contato com a umidade, no caso, a transpiração.
Com isso, os cientistas garantem que os maus odores causados pelo suor (o temido cê-cê) não têm risco de incomodar quem estiver perto, já que o cheiro fétido é absorvido pelo líquido iônico e perde sua potência.
A descoberta pode ter um enorme potencial para a indústria de cosméticos, de acordo com os pesquisadores. A investigação científica foi publicada na revista "Chemical Communications".

Traição é natural?

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Fóssil do 'Pé Pequeno' lança luz sobre primeiros ancestrais humanos

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/04/fossil-do-pe-pequeno-lanca-luz-sobre-primeiros-ancestrais-humanos.html

Reuters
01/04/2015 20h54 - Atualizado em 01/04/2015 20h54

Fóssil do 'Pé Pequeno' lança luz sobre primeiros ancestrais humanos

Nova técnica revela que Pé Pequeno viveu na mesma época que Lucy.
Fóssil do Pé Pequeno foi descoberto na África do Norte e Lucy, na Etiópia.

Da Reuters
Ron Clarke, professor do Instituto de Estudos Evolutivos da Universidade Wits, na África do Sul, segura o crânio do Pé Pequeno em foto de arquivo (Foto: Reuters/Wits University)Ron Clarke, professor do Instituto de Estudos Evolutivos da Universidade
Wits, na África do Sul, segura o crânio do Pé Pequeno em foto de arquivo
(Foto: Reuters/Wits University)






















Cientistas disseram nesta quarta-feira (1º) que uma técnica de datação nova e sofisticada mostra que o Pé Pequeno, um fóssil importante de um dos primeiros ancestrais humanos descoberto nos anos 1990 na África do Norte, tem aproximadamente 3,7 milhões de anos.
"A idade do Pé Pequeno foi muito debatida", afirmou o geólogo Darryl Granger, da Universidade Purdue, do Estado norte-americano de Indiana, cuja pesquisa está no periódico "Nature".
 Crânio de Pé Pequeno: nova técnica de datação concluiu que espécie viveu ao mesmo tempo que espécie de Lucy  (Foto: Reuters/Wits University)Crânio de Pé Pequeno: nova técnica de datação
concluiu que espécie viveu ao mesmo tempo que
espécie de Lucy (Foto: Reuters/Wits University)
O estudo revelou que o Pé Pequeno, membro da espécie Australopithecus prometheus, viveu mais ou menos na mesma época doAustralopithecus afarensis, espécie cujo fóssil mais famoso, conhecido como Lucy, veio da Etiópia.
As duas espécies misturaram traços de símios e de humanos, mas com características diferentes.
Os pesquisadores analisaram 11 amostras de rocha do esqueleto fossilizado quase completo do Pé Pequeno nas cavernas de Sterkfontein para medir sua idade.
As descobertas podem ter implicações importantes na análise dos relacionamentos evolucionários entre os antigos parentes da humanidade.
Nossa espécie, o Homo sapiens, surgiu aproximadamente 200 mil anos atrás. Os membros mais antigos do gênero humano, o Homo, remontam há mais de dois milhões de anos. Nosso gênero foi precedido por outras espécies da árvore genealógica humana, incluindo vários representantes do gênero Australopithecus.
Os membros da espécie de Lucy foram contemporâneos do Pé Pequeno, embora a própria Lucy tenha vivido cerca de 500 mil anos mais tarde.

Governo Dilma reduziu em 72% verba de proteção à Amazônia, diz estudo

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/03/governo-dilma-reduziu-em-72-verba-de-protecao-amazonia-diz-estudo.html

31/03/2015 12h29 - Atualizado em 31/03/2015 16h45

Governo Dilma reduziu em 72% verba de proteção à Amazônia, diz estudo

InfoAmazonia comparou gastos do 2º mandato de Lula com o 1º de Dilma.

Governo diz que política de preservação é prioridade e que desmate caiu.


Do G1, em São Paulo


Levantamento divulgado nesta terça-feira (31) pelo portal InfoAmazônia apontou que no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff houve queda de 72% no investimento em medidas de combate e prevenção ao desmatamento na Amazônia.
A comparação é em relação ao segundo mandato de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre 2011-2014, primeiro governo de Dilma, foram investidos R$ 1,77 bilhão para ações de ordenamento fundiário, monitoramento e controle ambiental, além de fomento às atividades produtivas sustentáveis – eixos de trabalho do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAM), criado em 2004.
Entre 2007 e 2010, segundo período governado por Lula, o montante aplicado para as mesmas atividades foi de R$ 6,36 bilhões.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a política de combate ao desmatamento continua a ser prioridade do governo federal, que segue investindo na área (leia mais abaixo).
Queda no desmatamento
Imagem aérea do Rio Juruá, na Amazônia  (Foto: Bruno Kelly/Reuters)Imagem aérea do Rio Juruá, na Amazônia (Foto: Bruno Kelly/Reuters)






Ainda segundo o estudo, apesar da queda no repasse de verbas, o bioma registrou as menores taxas de desmate desde 1988 durante o governo Dilma.
De acordo com os autores, tal fato teria ocorrido já que a presidente “herdou uma situação menos dramática” do que a enfrentada por Lula no início de 2003.
Entre agosto de 2003 e julho de 2004, entre o primeiro e segundo anos do governo Lula, a taxa de desmatamento medida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, apontava a perda anual de 25.396 km² de vegetação. Entre agosto de 2011 e julho de 2012, primeiro e segundo anos do governo Dilma, o índice foi de 6.418 km².
O dado mais recente divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente, que se refere ao período de agosto de 2013 a julho de 2014, indica queda de 18% no desmatamento da Amazônia Legal em relação ao ano anterior.
'Ação contra o desmatamento é prioridade'
Em nota enviada ao G1, o Ministério do Meio Ambiente informou que recebeu o estudo na última sexta-feira (27) e que analisa o conteúdo do documento. A pasta afirma que o combate ao desmatamento continua a ser prioridade e que segue investindo na área.
"Reflexo disso é o registro das quatro menores taxas de desmatamento durante o atual governo, sendo que em 2014 foi registrada a segunda menor taxa de desmatamento desde 1988", de acordo com a nota enviada pelo ministério.
"Saímos de um patamar de desmatamento de 27,9 mil km² em 2004 para 4,8 mil km² em 2014. A meta de redução do desmatamento em 80% até 2020 está mantida. Estamos convictos que conseguiremos antecipar a meta de 3.925 km² prevista para 2020", finaliza.