domingo, 29 de junho de 2014

Como se faz papel higiênico?

Cientistas tentam decifrar fobia de gargalhada

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/06/cientistas-tentam-decifrar-fobia-de-gargalhada.html

29/06/2014 08h28 - Atualizado em 29/06/2014 08h28

Cientistas tentam decifrar fobia de gargalhada

Grupo de pesquisadores quer entender as causas do pavor que pacientes têm de risadas; a chamada gelotofobia prejudica a vida social e profissional dos afetados.

Da BBC
Risadas podem ser uma ameaça para os gelotofóbicos (Foto: Thinkstock)Risadas podem ser uma ameaça para os
gelotofóbicos (Foto: Thinkstock)
Gargalhar com um grupo de amigos costuma ser uma experiência prazerosa. Mas, para algumas pessoas com uma fobia incomum, a situação significa exatamente o contrário. Eles são portadores da gelotofobia – o medo de risadas.
"Ouço pessoas rindo e penso que estão rindo de mim. Fico tenso, me preparo para brigar. Posso sentir a adrenalina", disse à pesquisadores o americano Drummond (os nomes foram alterados para esta reportagem), de 18 anos.
"Quase nunca falo ou faço algo que possa fazer com que riam de mim. Fico de cara fechada a maior parte do dia. Vejo outras pessoas se divertindo e, às vezes, quero mudar e ser como eles. Mas não quero chegar lá e ver as pessoas tirando sarro de mim porque sou diferente".
Raiva extrema
A descrição da fobia de Drummond foi registrada por Tracey Platt, da Universidade de Zurique, na Suíça.
Ela faz parte de um grupo de cientistas de várias regiões do mundo -como África, Canadá, Índia e Rússia- que tenta entender as causas da doença.
Os gelotofóbicos não entendem o que é o riso ou pensam que as risadas são dirigidas a eles de forma negativa, maliciosa, e se sentem assustados ao ouvi-las.
Muitas vezes, eles acham difícil estar com outras pessoas. Muitos têm dores de cabeça, enjoos e até tremedeiras em situações sociais.
O israelense Chukar, 37, diz que se sente envergonhado e constrangido quando escuta pessoas rindo.
"Quando ouço risos sinto uma raiva extrema que começa como uma reação visceral, que pode durar horas e até dias. Também fico com o corpo tenso e tenho dor de cabeça."
Chukar diz que, por isso, evita interações sociais e prefere ler ou praticar esportes individuais.
"Quando outras pessoas tentavam me usar como mote para suas piadas para impressionar seus amigos eu brigava", afirma. "Entrei em poucas brigas na vida, mas quando briguei a outra pessoa normalmente saiu machucada, e o resto do grupo começou a me evitar."
Trabalhar em um escritório movimentado também pode parecer um desafio insuportável para alguém que entende qualquer risada como um ataque pessoal. Por isso, pessoas com esta condição podem ter suas possibilidades de trabalho limitadas.
Em longo prazo, a fobia pode levar à ansiedade e à baixa autoestima, o que é associado à depressão.
Gelotofóbicos também sofrem para fazer amigos, encontrar amores ou formar relações duradouras.
"Estou sozinho e lido com isso sozinho", diz Chukar.
Bullying
Pesquisas acadêmicas sobre pessoas com gelotofobia começaram em 2008. Por isso, as causas exatas da fobia ainda são um mistério, e o tratamento também é limitado.
Platt diz que as causas prováveis são o ambiente em que a pessoa viveu quando criança, o desenvolvimento de sua personalidade, sua vida escolar e social e seu próprio humor.
A pesquisadora diz que muitos gelotofóbicos relataram ter sofrido bullying na escola. A questão, segundo ela, é saber o que veio primeiro, ou seja, se a fobia é uma reação direta ao bullying ou se a sensibilidade da pessoa fez com que ela entendesse que estava sendo alvo de bullying.
Ela diz acreditar que há uma ligação da fobia com a síndrome de Asperger.
Avatares
Platt tenta entender as expressões faciais que estão ligadas ao sentimento de medo do riso. Após preencher questionários, seus voluntários vão ao escritório em Zurique.
Ela usa avatares para mostrar a eles diversas expressões faciais para ver exatamente quando um sorriso começa a incomodar.
"Talvez os gelotofóbicos possam ser reprogramados", disse.
"Mas eles não estão numa situação em que possam testar tratamentos", segundo ela, porque o campo de pesquisa é muito novo.
Platt quer que a condição passe a ser facilmente identificada por terapeutas, para ajudar no planejamento do tratamento de um paciente no futuro.
Incidência
A Grã-Bretanha tem a maior incidência de pessoas com a fobia, de acordo com Platt, provavelmente devido à cultura de humor, com 13% da população gelotofóbica, em certa medida.
Ela é a primeira do mundo em gelotofobia extrema, com 1% da população da Grã-Bretanha considerada portadora de medo patológico de gargalhadas, o que tem um forte impacto em suas vidas.
Também há altos índices de incidência em partes da Ásia, segundo ela, onde a vergonha pode ser usada como uma forma de controle.
"Mas a Dinamarca tem os menores índices de gelotofobia na sociedade, pois eles simplesmente não riem dos outros. Rir da desgraça dos outros é entendido como muito errado", acrescentou.
Apenas 2% dos dinamarqueses têm a condição.
"Não acho que você possa minimizar a importância do riso", diz a professora Sophie Scott, da University College London. Ela pesquisa a neurociência das vozes, fala e da risada. "O riso é absolutamente endêmico."
Para ela, o riso tem um papel chave para ajudar as pessoas a lidar com emoções negativas e para que se sintam calmas e animadas – algo que os gelotofóbicos não conseguem sentir.
"Você pode imaginar que seria muito desagradável não poder se juntar à uma gargalhada, ou reagir bem ao riso".

sábado, 28 de junho de 2014

Veja concorrentes a fotos do ano do Observatório de Greenwich

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/06/veja-concorrentes-fotos-do-ano-do-observatorio-de-greenwich.html

27/06/2014 17h35 - Atualizado em 27/06/2014 17h35

Veja concorrentes a fotos do ano do Observatório de Greenwich

Competição deste ano teve recorde de inscrições; fotos retratam 'shows' de galáxias, nebulosas e estrelas.

Da BBC

Concurso tem quatro categorias principais: Terra e Espaço, Nosso Sistema Solar, Espaço Profundo e Jovem Fotógrafo do Ano de Astronomia, para os menores de 16 anos (Foto: Rakibul Syed via BBC)Concurso tem quatro categorias principais: Terra e Espaço, Nosso Sistema Solar, Espaço Profundo e Jovem Fotógrafo do Ano de Astronomia, para os menores de 16 anos (Foto: Rakibul Syed via BBC)
Organizado pelo Observatório Real de Greenwich em parceria com a revista "Sky at Night", da BBC, o concurso "Fotógrafo do Ano de Astronomia" chega à sua sexta edição em 2014.
Neste ano, a competição teve recorde de inscrições, vindas de mais de 50 países.
As fotos retratam desde galáxias a milhões de anos-luz a auroras boreais e céus estelares.
O concurso tem quatro categorias principais: Terra e Espaço, Nosso Sistema Solar, Espaço Profundo e Jovem Fotógrafo do Ano de Astronomia, para os menores de 16 anos.
"A competição vem crescendo de forma emocionante a cada ano, especialmente com o aumento constante do número de inscrições", diz Marek Kukula, astrônomo público no Observatório Real de Greenwich e juiz da competição.
Os vencedores serão conhecidos em uma cerimônia no Observatório Real, em Londres, em 17 de setembro de 2014.
As imagens serão posteriormente exibidas ao público no mesmo local do dia 18 de setembro até fevereiro de 2015.
Forte tempestade geomagnética provoca uma aurora no Castelo de Dunluce, na Irlanda (Foto: Martina Gardiner via BBC)Forte tempestade geomagnética provoca uma aurora no Castelo de Dunluce, na Irlanda (Foto: Martina Gardiner via BBC)
Imagem do caminho estelar (Foto: Leonardo Ariza via BBC)Imagem do caminho estelar (Foto: Leonardo Ariza via BBC)

Como ganhar super poderes? Bases científicas (ou pseudo-científicas) dos poderes dos super-heróis.





sexta-feira, 27 de junho de 2014

Será que bate no liquidificador? 50 bolinhas de gude (Will it blend? 50 marbles)

Após doença rara acabar com sonho da NBA, promessa é homenageada

http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2014/06/apos-ter-sonho-da-nba-frustrado-por-doenca-promessa-e-homenageada.html

 - Atualizado em 

Após doença rara acabar com sonho da NBA, promessa é homenageada


Sem poder jogar basquete profissionalmente por conta da Síndrome de Marfan, 
Isaiah Austin chora ao ouvir seu nome como escolha honorária do draft: "Benção"


Por Rio de Janeiro

 Isaiah Austin draft honorário da nba - síndrome de marfan (Foto: Reuters)Diagnosticado com doença degenerativa, Isaiah chora com homenagem da NBA (Foto: Reuters)
Isaiah Austin foi um dos melhores da sua geração e era cotado entre as 15 primeiras escolhas do draft da NBA para a próxima temporada. Poucos dias antes da cerimônia, no entanto, ele foi diagnosticado com uma rara doença degenerativa. A Síndrome de Marfan pode até ter impedido o jovem de 20 anos de jogar profissionalmente, mas não de receber o reconhecimento da principal liga de basquete do mundo. Uma das maiores promessas da modalidade no país, o americano foi um dos escolhidos de forma honorária na cerimônia realizada no Barclays Center, na noite desta quinta-feira, em Nova York. A homenagem veio acompanhada de muitas palmas do público. Emocionado e surpreso, Isaiah não segurou as lágrimas.
Ouvir o meu nome como um dos escolhidos para o draft foi uma das maiores bênçãos da minha vida. Eu trabalhei muito para chegar até aqui. Infelizmente, isso foi tirado de mim. Mas quando Deus fecha uma porta, ele abre uma outra"
Isaiah Austin
- Ouvir o meu nome como um dos escolhidos para o draft foi uma das maiores bênçãos da minha vida. Eu trabalhei muito para chegar até aqui. Infelizmente, isso foi tirado de mim. Mas quando Deus fecha uma porta, ele abre uma outra - disse o jogador. 
O americano relembrou a frustração que o fez ir do céu ao inferno na última semana, mas mostrou ter esperanças de futuro melhor. 
- Saber que eu não poderei mais jogar basquete profissionalmente transformou esta semana na mais difícil da minha vida. Mas eu tenho um grande apoio e a minha família esteve sempre comigo nessa jornada. Deus colocou um poder no meu coração para superar tudo isso - acrescentou.  
 Isaiah Austin draft honorário da nba - síndrome de marfan (Foto: Reuters)Isaiah Austin não poderá mais jogar basquete profissionalmente, mas foi um dos escolhidos no draft da NBA (Foto:Reuters)
Isaiah pode nunca mais jogar basquete na vida, mas o momento especial da última quinta-feira ofuscou a devastadora notícia e o fez voltar a sonhar. 
- O meu próximo passo agora é sonhar de novo. Vou dividir a minha história com o máximo de pessoas que conseguir. Espero tocar a vida das pessoas e fazê-las perceber que elas podem superar qualquer obstáculo que aparecer pela frente. O que você precisa fazer é manter o pensamento positivo e agradecer por todos os momentos que Deus te oferecer nesse mundo - acrescentou a promessa. 
A Síndrome de Marfan é uma desordem do tecido conjuntivo caracterizada por membros anormalmente longos (aracnodactilia). A doença também afeta outras estruturas do corpo, incluindo o esqueleto, os pulmões, os olhos, o coração e os vasos sanguíneos. Seu nome vem de Antoine Marfan, o pediatra francês que primeiro a descreveu, em 1896. Indivíduos com esta doença apresentam frequentemente anomalias a nível esquelético, ocular e cardiovascular. Muitos sofrem alterações das válvulas cardíacas e dilatação da aorta. As complicações cardiovasculares mais perigosas são os aneurismas da aorta e as dissecções da aorta. A prevalência é de aproximadamente uma pessoa afetada entre cinco mil
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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Fezes de 50 mil anos revelam que neandertais também comiam plantas

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/06/fezes-de-50-mil-anos-revelam-que-neandertais-tambem-comiam-plantas.html

France Presse
26/06/2014 06h00 - Atualizado em 26/06/2014 12h15

Fezes de 50 mil anos revelam que neandertais também comiam plantas

Esta é a primeira evidência de que dieta de espécie primitiva era onívora.
Pesquisadores encontraram mais antiga evidência de matéria fecal humana.

Da AFP


 
 Sítio arqueológico El Salt, no sul da Espanha, onde foram identificadas amostras de fezes de 50 mil anos (Foto: Ainara Sistiaga/PLOS ONE/Divulgação)Sítio arqueológico El Salt, no sul da Espanha, onde foram identificadas amostras de fezes de 50 mil anos (Foto: Ainara Sistiaga/PLoS ONE/Divulgação)









A mais antiga amostra identificada de matéria fecal humana, que data de 50 mil anos atrás, revelou que os neandertais não comiam apenas carne, mas também gostavam de vegetais, revelou um novo estudo publicado na quarta-feira (25).
A descoberta foi feita no sítio arqueológico de El Salt, no sul da Espanha, onde essa espécie extinta de primatas – que teria coexistido com o Homo sapiens – viveu entre 45 mil e 60 mil anos atrás. A pesquisa, publicada no periódico científico "PLoS ONE", é a primeira a analisar fezes para conhecer precisamente o tipo de alimentação dos neandertais.
Cientistas escavaram o solo e sedimentos e para retirar amostras de um pó que foi levado para análise em um sofisticado laboratório do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Eles então descobriram biomarcadores nas fezes que demonstravam a presença de coprostanol, um lipídio que se forma quando o estômago metaboliza o colesterol, particularmente após a ingestão de carne. Os pesquisadores também identificaram o 5B-stigmastanol, substância que se forma quando plantas se quebram no processo digestivo.
Isso significa que os neandertais comiam sobretudo carne, como os especialistas já afirmavam há algum tempo, mas também foram encontradas evidências de uma considerável quantidade de plantas nessa dieta, inclusive tubérculos, nozes e frutas vermelhas.
"Nós acreditamos que os neandertais provavelmente comiam o que estivesse disponível em diferentes situações, estações e climas", disse a pesquisadora Ainara Sistiaga, formada na Universidade de La Laguna e uma das participantes do estudo, enquanto estudava no MIT.
Trabalhos anteriores já sugeriram que os neandertais comiam nozes e plantas, com base em resíduos encontrados em seus dentes. No entanto, esses resultados não foram definitivos, porque os ancestrais costumavam usar os dentes como ferramentas e poderiam ter mastigado ou prendido material vegetal com a boca, sem comê-lo.
Também seria possível que os vestígios de microfósseis de plantas nos dentes viessem de conteúdos estomacais das presas que eles haviam comido.
Por essa razão, as amostras de 50 mil anos de idade fornecem uma abordagem mais direta para descobrir o que realmente os neandertais comiam: uma dieta variada, segundo os cientistas. Antes de a espécie ser extinta, sua capacidade de comer tipos variados de comida pode tê-la ajudado a sobreviver, afirmou o coautor da pesquisa Roger Summons, professor de geobiologia no Departamento de Ciências da Terra, Atmosfera e Planetária do MIT.
"É importante compreender todos os aspectos de por que a humanidade chegou a dominar o planeta da forma como o faz", disse Summons. "Muito disso tem a ver com uma melhor nutrição com o passar do tempo", concluiu.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Mordida de Suárez pode indicar tipo de transtorno impulsivo, diz médico

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/06/mordida-de-suarez-pode-indicar-tipo-de-transtorno-impulsivo-diz-medico.html

25/06/2014 12h17 - Atualizado em 25/06/2014 15h05

Mordida de Suárez pode indicar tipo de transtorno impulsivo, diz médico

Atacante uruguaio mordeu italiano Chiellini em jogo da Copa na terça (24).
Esta foi a terceira vez que jogador atacou um adversário dessa forma.

Eduardo CarvalhoDo G1, em São Paulo
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GNews - Mordida de Suarez, Copa do Mundo (Foto: globonews)Momento em que o atacante uruguaio Luis Suárez (esq.) morde o jogador italiano Chiellini na partida de terça-feira (24), em Natal, pela Copa do Mundo (Foto: Reprodução/GloboNews)
A mordida dada pelo jogador uruguaio Luis Suárez no ombro do zagueiro italiano Giorgio Chiellini, em jogo da Copa do Mundo disputado na terça-feira (24), em Natal, pode ter relação com o chamado transtorno dos hábitos e dos impulsos, distúrbio caracterizado por atos repetidos, muitas vezes incontroláveis, e sem motivação racional clara, segundo o médico Rodrigo Bressan, do departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Esta foi a terceira vez que Suárez mordeu um adversário em campo em sua carreira. De acordo com Bressan, esse tipo de reação acontece quando a intensidade emocional em uma pessoa é muito grande e a "regulação cortical" do cérebro, que modula essa intensidade, não é forte o suficiente para inibir o impulso físico.
O médico explica que esse mecanismo é característico de pessoas que sofrem, por exemplo, de tricotilomania (compulsão por arrancar os próprios cabelos) ou cleptomania (distúrbio psicopatológico que faz com que a pessoa roube objetos). "Quando as atitudes se tornam frequentes, é sinal de que há falha no processo de controle desses impulsos, e indica que a pessoa sofre de um transtorno", destaca Bressan. Nesse caso, é recomendável procurar ajuda profissional: terapia e um eventual uso de medicação.
Mordida não é inédita
Jornais britânicos "levantaram a ficha" do uruguaio e indicaram que esta não teria sido a primeira vez que Suárez agiu dessa forma. De acordo com o "Independent", em 2013, na Copa das Confederações, o jogador já havia tentado morder Chiellini.
O site da BBC lembrou ainda que, em abril de 2013, o atacante do Liverpool foi banido por dez partidas após ter mordido o sérvio Branislav Ivanovic, do Chelsea, e em 2010, quando atuava no Ajax, da Holanda, foi suspenso por sete jogos ao morder o alemão Otman Bakkal, do PSV Eindhoven.
Segundo o médico, atletas de esportes com maior contato físico estão sujeitos a esse tipo de intensidade emocional. O futebol é um deles, mas há vários casos que podem ter relação com esse descontrole.
No futebol, uma das ocorrências de "explosão" mais famosas aconteceu em 1994, na Copa dos Estados Unidos, quando o jogador Leonardo, da Seleção Brasileira, deu uma cotovelada no uruguaio naturalizado americano Tab Ramos. Leonardo, que era visto como um jogador tranquilo, foi expulso da partida e recebeu quatro jogos de suspensão, o que o impediu de voltar a atuar naquele Mundial, do qual o Brasil saiu tetracampeão.
Outro caso famoso no esporte aconteceu em 1997. A luta de boxe entre Mike Tyson e Evander Holyfield ficou eternizada por causa da mordida dada por Tyson na orelha de seu adversário. "Alguém que pratica tênis dificilmente vai jogar a raquete no outro porque não tem contato físico", diz o médico da Unifesp.

Estudo calcula em cinco anos tempo necessário para salvar os oceanos

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/06/estudo-calcula-em-cinco-anos-tempo-necessario-para-salvar-os-oceanos.html

25/06/2014 08h59 - Atualizado em 25/06/2014 08h59

Estudo calcula em cinco anos tempo necessário para salvar os oceanos

Relatório foi elaborado por ex-altos funcionários de governo e executivos.
Mares estão ameaçados pela contaminação e a sobrepesca.

Da France Presse
Marégrafo utilizado pelo Inpe para medir a oscilação do nível dos oceanos repleto de aves atobás (Foto: Eduardo Carvalho / Globo Natureza)É preciso agir em menos de 5 anos para salvar mares da contaminação e sobrepesca, alerta comissão (Foto: Eduardo Carvalho / G1)









Os oceanos do mundo estão ameaçados pela contaminação e a sobrepesca. Para salvar os mares, uma comissão independente, formada por ex-altos funcionários de governo e executivos advertiu ser necessário agir em menos de cinco anos para salvar os mares.
A Comissão Oceano Mundial, criada em fevereiro de 2013, informou que a redução do uso de objetos de plástico e da pesca em alto-mar e a implantação de regulamentações estritas para a exploração de petróleo e gás são a chave para este plano de resgate.
"O oceano fornece 50% do nosso oxigênio e fixa 25% das emissões globais de carbono. Nossa cadeia alimentar começa nestes 70% do planeta", afirmou José Maria Figueres, ex-presidente de Costa Rica, que codirige a comissão.
A equipe apresenta oito propostas para recuperar e preservar a saúde dos oceanos em um relatório, intitulado "Do declínio à recuperação: um plano de salvação para os oceanos do mundo".
Entre elas, defende limitar as subvenções governamentais à pesca em alto-mar para acabar com a prática em cinco anos. A recomendação afeta principalmente os Estados Unidos, a União Europeia, a China e o Japão.
"Cerca de 60% destas subvenções fomentam práticas insustentáveis e sem elas a indústria pesqueira em alto-mar não seria financeiramente viável", destacou o informe.
Falta de jurisdição atrapalha proteção
As águas de alto-mar são as que vão além das fronteiras nacionais e constituem cerca de 64% da superfície total dos oceanos e a metade de toda a produtividade biológica destes anos, acrescentou.
A comissão expressou que a falta de jurisdição sobre estas águas é um grande problema e pediu a negociação de um novo acordo sob os termos da Convenção das Leis do Mar das Nações Unidas (UNCLOS).
"O alto-mar pertence a todos. Sabemos o que é preciso fazer, mas não podemos fazer isto sozinho. Uma missão conjunta deve ser nossa prioridade", disse David Miliband, ex-ministro britânico das Relações Exteriores e copresidente da comissão.